Cruzeiro e Real Brasília ficam no empate na estréia do Brasileiro.

Foto: Igor Sales/Cruzeiro

Marcela Guedes coloca o Real Brasília na frente, mas Cruzeiro, com Mariana Santos, consegue o empate em jogo que marcou a estréia das duas equipes no Brasileiro.

O SESC Venda Nova foi o palco da retomada, após cinco meses, do campeonato brasileiro feminino para o Cruzeiro e o recém chegado a elite, Real Brasília. O jogo foi marcado por fortes disputas e muita entrega das duas equipes.

Mas se engana quem pensa que o Cruzeiro, time mais experimentado na elite, teria vantagem diante do recém chegado Real Brasília.  Durante os noventa minutos o que se viu foi um jogo equilibrado, por vezes até com a equipe visitante melhor.

O primeiro lance de perigo do jogo ficou a cargo do Real pela direita com Daniele Silva que finalizou para a defesa de Mary Camilo. Foi o anúncio que a equipe visitante não viria só para se defender.

O time mineiro foi a campo com três zagueiras, Pires, Thamires e Capelinha, numa tentativa de espelhar a equipe de Brasília. Com essa plataforma de jogo imaginou-se que a equipe comandada por Marcelo Frigério fosse liberar as laterais, Eskerdinha e Janaína, para gerar uma superioridade no momento ofensivo. O que daria mais volume a equipe. Mas o que se viu foi uma equipe que não conseguiu tirar proveito dessa situação.

No momento defensivo as cabulosas como são conhecidas se defendiam num 5-4-1 com Duda e Mayara Vaz por dentro, enquanto Vanessa e Mariana fechavam as extremidades. O sistema do time celeste possuía falhas, deixando espaço nas entrelinhas. Fato que foi muito explorado pelas brasilienses.

A primeira chegada de perigo do cruzeiro foi em uma bola enfiada de Mariana, destaque das cabulosas na partida, para Pamela, mas a goleira Flávia saiu bem do gol e impediu que a investida celeste terminasse em finalização.

A primeira finalização do Cruzeiro saiu aos 26’ com Vanessinha, mas parou em Flávia que defendeu sem muitos problemas. Após a primeira finalização as cabulosas tentaram controlar as ações do jogo. Mas foi o Real quem abriu o placar.

O gol das brasilienses saiu aos 36’. Sassá roubou a bola de Mayara Vaz no meio do campo e encontrou Marcela Guedes nas costas de Eskerdinha. A atacante conduziu a bola até chegar ao bico da grande área, onde com um corte seco para o centro do campo deixou a lateral cruzeirense falando sozinha. E, Com a perna esquerda Marcela acertou um chute forte no ângulo de Mary Camilo que nada pode fazer.

Foto: Fábio Xavier/Onze Minas

Na volta para o segundo tempo Tchelo mudou a plataforma de jogo do cruzeiro adiantando Capelinha para sua posição de origem, a “volancia”. Com Capelinha a frente da zaga o Cruzeiro passou a jogar no 4-1-4-1 sem a bola e um 4-3-3 com a bola.

Com a mudança tática as cabulosas melhoraram na partida assumindo mais o controle do jogo, mas esbarrando no time visitante que se postava muito bem defensivamente. Ora em um 4-2-3-1, ora em um 5-4-1. O que fazia com que as melhores chances das cruzeirenses fossem em bolas aéreas. Duda após bate rebate na área acabou jogando por cima na primeira chance de perigo do segundo tempo.

A segunda oportunidade de perigo do segundo tempo foi novamente do cruzeiro com Vanessinha que finalizou por cima do gol de Flávia. O gol de empate das comandadas por Tchelo saiu dos pés de Mariana, que finalizou rápido uma bola recebida na entrada da área.

Foto: Fábio Xavier/Onze Minas

O gol de empate inflamou as diretorias das duas equipes que estavam na arquibancada do SESC. De um lado as cruzeirenses gritando, buscando incentivar suas atletas em busca do gol da virada, do outro lado a diretoria do Real que também gritava orientando suas atletas, também visando o gol que daria a vitória.

Em meio a gritaria das diretorias o Real contragolpeou em uma jogada de velocidade pelo setor direito. Um cruzamento rasteiro obrigou a zagueira Thamires, que vinha correndo em direção ao próprio gol, a tirar a bola de calcanhar de qualquer forma. A bola acabou sobrando para a Rafa Soares que bateu cruzado obrigando Mary Camilo a uma grande defesa, no rebote Marcela Guedes chuta firme, mas a bola desvia e sai em linha de fundo.

Os últimos minutos da partida foram abertos. Com as duas equipes buscando o gol que daria a vitória na estréia, o Real Brasília parava as escapadas do Cruzeiro com falta. O que gerou uma certa reclamação de quem assistia o jogo. Já nos acréscimos duas disputas na área do Real Brasília geraram reclamação de pênalti por parte do cruzeiro, mas a árbitra Francielly mandou seguir. Com isso o empate por 1 a 1 persistiu no placar.

As duas equipes voltam a campo no dia 21/04. O Real Brasília recebe o Botafogo as 15 horas, no Defelê. Já  o Cruzeiro vai ao sul enfrentar o Grêmio, o jogo acontecera as 20 horas, o local ainda será definido.

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