Carioca: Flamengo ganha por 56×0 e escancara ainda mais a fragilidade do campeonato estadual

Em meio a um ano especial para o futebol feminino, estamos presenciando um dos exemplos de maior descaso da modalidade, na história. Estamos falando do Campeonato Carioca.

Formado neste ano com 30 times, sendo que a grande maioria, times amadores, já formava um nível competitivo duvidoso. A FERJ tinha como ideia fazer com que mais mulheres pudessem jogar uma cometição, mas até que ponto isso ajuda de fato quando um torneio estadual, que deveria exigir o mais alto nível, vai pelo caminho inverso?

Na manhã deste sábado, um dos episódios dessa competição ganhou mais um capítulo. O Flamengo bateu a equipe amadora do Greminho por 56×0, no primeiro, 29×0. Este foi maior placar já registrado do Carioca Feminino e também no futebol brasileiro.

Desde que o carioca começou, outras goleadas com mais de 2 dígitos foram registradas mais 8 vezes.

Dia 21:
Flamengo 13×0 Liga Barramansense
Duque de Caxias 13×0 El Shaddai
Greminho 0x12 Campo Grande

Dia 22:
Vasco 13×0 Rio São Paulo
Botafogo 12×0 ACCEL

Dia 25 de setembro:
Flamengo 10×0 Campo Grande
Vasco da Gama 19×0 Bela Vista
Fluminense 23×0 Rogi Mirim

Nathalia, atleta do Greminho, se posicionou nas redes sociais. Veja o que ela disse

https://twitter.com/Nathalia__10/status/1178003127389315079

Em nota a federação carioca disse que a intenção era fomentar a modalidade e questiona o tom das críticas.

Confira a íntegra da nota:

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro teve como princípio, ao organizar o Campeonato Carioca Feminino de Futebol, incentivar a modalidade, abrir portas para a realização de sonhos e oportunidades para inúmeras atletas. A visibilidade está à frente como fonte de geração de talentos.O aspecto técnico vem em segundo estágio, no momento.

“Martas”, Formigas, Sissis & cia não são fabricadas em laboratórios e nem brotam da terra sem ser plantada a semente. Aos que criticam a quantidade de clubes, qual o critério para se limitar o número de competidores ou ser excludente na primeira edição cujo objetivo principal tem por foco gerar oportunidades, atrair interesses, materializar sonhos e colher subsídios para os devidos ajustes para delinear o futuro? Fica a reflexão lembrando que não se pode enxergar somente a couve num molho de couve-flor.. Vale lembrar que a Copa do Brasil começa com mais de 80 clubes e com diferenças técnicas exuberantes.

Faremos, sim, reflexões a partir dessa edição, mas jamais deixaremos de exaltar vencedores e vencidos, independentemente do resultado de suas respectivas partidas. Aplaudimos o fair-play e a coragem das atletas, bem como os clubes que se propuseram ao primeiro passo de importante caminhada. Continuaremos com nossos objetivos mas sem deixar de abrir a porta da esperança.

Agência FERJ

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