Andressinha explica saída do Iranduba e fala sobre seleção brasileira “Temos que nos unir”

O contrato da meia Andressinha com o Iranduba chegou ao fim. A precoce saída da jovem jogadora de 24 anos do clube amazonense após apenas seis jogos disputados no Brasileiro Feminino chamou atenção, mas logo foi explicada pela atleta. Segundo ela, o contrato era de empréstimo válido até o fim de abril. Logo após o fim do acordo, a atleta se reapresentaria a sua equipe, o Portland Thorns para a disputa da NWSL.

O Planeta Futebol Feminino entrou em contato com Andressinha que tratou de explicar o contrato com o Iranduba, falou sobre a expectativa para a temporada na NWSL. Em ano de Copa do Mundo, Andressinha também falou sobre seleção brasileira.

No ano passado após o fim da NWSL, Andressinha foi contratada pelo Iranduba para disputar a Libertadores – o time amazonense foi convidado por ser sede da competição. Para 2019, Andressinha e Iranduba entraram em um novo acordo para os primeiros jogos do Campeonato Brasileiro.

“Eu tinha meu contrato com o Portland (Thorns), mas acabou que me lesionei e isso atrasou um pouco minha volta para cá (Estados Unidos). Devido minha recuperação preferi ficar no Brasil, pois me cuidaria melhor, seria mais fácil a comunicação e também pela oportunidade de logo jogar já que o Brasileiro inicia antes da NWSL, optei por ficar no Iranduba mais um tempo por um empréstimo e eu tinha combinado de jogar até o final de abril”, explicou a jogadora.

Uma saída tão repentina causou estranheza, logo, surgiram rumores sobre a saída da jogadora do Hulk da Amazônia. Um dos rumores indicava que Andressinha teria deixado o Iranduba para atender o convite de uma patrocinadora e comparecer ao São Paulo Fashion Week e que só voltaria a atuar pelo Iranduba após a Copa do Mundo.

“Tive sim que participar do São Paulo Fashion Week, mas não foi isso que me fez sair do Iranduba como muitos falaram, mas sim porque encerrou o meu empréstimo e eu tinha que voltar antes do 1 de maio para Portland”, ressaltou Andressinha. “O contrato foi empréstimo e eu já tinha acertado minha volta para o Portland e isso todo mundo sabia, só que as coisas acabaram tomando outro rumo e na minha concepção seria melhor ficar um pouquinho mais no Brasil até porque surgiu essa oportunidade e o Portland Thorns me liberou achando que seria melhor para minha recuperação e também para pegar ritmo de jogo, além de ajudar ao máximo o Iranduba”, esclareceu Andressinha.

Vice-campeã da NWSL na temporada passada pelo Thorns, Andressinha já se juntou ao elenco do clube e falou sobre a expectativa para a temporada. “Já cheguei e estou treinando. A expectativa é a melhor possível, no ano passado chegamos até a final e para este ano esperamos atingir o primeiro objetivo que é chegar aos playoffs e repetir uma final, é isso que temos em mente”, destacou.

Além do título com o Thorns na NWSL, Andressinha tem outro grande objetivo para este ano: a Copa do Mundo. “Acredito que os feitos no clube refletem e se você faz um bom trabalho no clube a chance de estar em um elenco e participar de uma Copa do Mundo é maior, então é trabalhar bem no clube para ter a oportunidade de participar mais uma vez de uma Copa do Mundo”, ressaltou.

Com apenas 20 anos, a meia Andressinha esteve junto ao elenco que disputou a Copa do Mundo do Canadá em 2015. Agora aos 24 anos e mais experiente, ela destacou a mudança de 2015 com relação a caso seja convocada para a Copa do Mundo na França, em junho. “Acho que muda a questão do amadurecimento, pois em 2015 eu era mais novinha e agora eu acho que estou um pouco mais madura. Hoje vivemos outro momento sabemos disso, mas é por isso que amadurecemos e ganhamos experiência para saber lidar com esses momentos”, disse.

Para Andressinha, o momento de baixa vivenciado pela seleção brasileira pouco antes do início da Copa pede união do grupo. “Acho que não temos outra saída, o segredo é se unir mesmo no momento difícil porque são nesses momentos que uma equipe cresce. As vitórias mascaram muito algumas coisas, já na derrota você aprende muito mais e mesmo que isso seja clichê, é uma verdade. Temos que nos unir e acreditar uma na outra porque nossa equipe tem potencial e não só nós pensamos isso, mas também as outras seleções pensam. Temos que aproveitar e ir com tudo para o Mundial, pois o Brasil tem camisa, história e sabemos que pode ir muito longe”, finalizou.

No Brasileiro, Andressinha atuou seis vezes com a camisa do Iranduba, sendo duas vitórias, dois empates e três derrotas. No ano passado, pela Copa Libertadores foram mais cinco jogos, com quatro empates e uma vitória. Na competição, a meia marcou dois gols e o Iranduba ficou com o terceiro lugar.

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