O Chelsea confirmou nessa terça-feira (1) a chegada de Pernille Harder. A atacante dinamarquesa, vice-campeã da última UWCL pelo Wolfsburg se junta a equipe londrina como a jogadora mais cara contratada junto a um clube feminino: as Blues desembolsaram 350 mil euros ao pagar a multa rescisória da atleta junto a equipe alemã.
Cifras recordes, reencontro com a namorada Magdalena Eriksson (capitã do Chelsea, ambas atuaram juntas no Linköpings) e um objetivo: títulos, sobretudo da Uefa Women’s Champions League. O que podemos esperar da jogadora dinamarquesa pelo Chelsea, onde jogará e o que acrescentará ao time?
HARDER NO WOLFSBURG: GOLS E VERSATILIDADE
Pernille Mosegaard Harder nasceu na cidade de Ikast, em 1992 e iniciou sua carreira na equipe de sua cidade local e após passagens pelo Viborg e Skovbakken, chegou a equipe sueca do Linkopings em 2012, mas foi em 2015 onde viveu sua melhor temporada: 17 gols em 22 jogos pela Damallsvenskan, sendo a vice artilheira da competição. Na temporada seguinte, Harder guiou a sua equipe ao terceiro título sueco de sua história, sendo a artilheira da competição com 24 gols.
Em novembro de 2016, era a hora do salto na carreira da jogadora: o Wolfsburg. Uma das melhores equipes do velho continente em um contrato inicial de 2 temporadas e meia. Apesar da conquista da Frauen Bundesliga, o Wolfsburg não foi bem sucedido na Uefa Women’s Champions League, caindo para o Lyon nas quartas de final da temporada 2016/17. Em 2017/18, artilharia títulos nacionais e mais uma vez, batendo na trave na UWCL.
No 4-2-2-2 do Wolfsburg, não há uma centroavante específica, sendo ela e Pajor responsáveis pela movimentação no setor, gerando uma dinâmica interessante entre as duas tanto na criação de jogadas como nas finalizações.
No Wolfsburg vale destacar que Harder jogou em inúmeras posições. Apesar de ter surgido como meia-atacante, já atuou como ponta (pela direita e esquerda), volante e também como referência no ataque. Atualmente, podemos afirmar que Pernille Harder é uma atacante de movimentação, capaz de criar jogadas, com visão de jogo, dribles, dinâmica no setor ofensivo e finalizações precisas. Vice campeã europeia em 2017, divide o setor de ataque com Nadia Nadim, jogadora do PSG.
HARDER NO CHELSEA: A “CEREJA DO BOLO” NO SETOR OFENSIVO
O setor ofensivo do Chelsea conta com inúmeros nomes e Emma Hayes já tem bem desenhado seu esquema tático, como foi visto na Community Shield desse ano, um 4-3-3 bem definido. Kirby, que passou um bom tempo lesionada, retornou bem e Guro Reiten fez ótima temporada 2019/20, ou seja, são os nomes que devem ser utilizados nas pontas, com Erin Cuthbert como excelente opção. Como referências ofensivas, Sam Kerr e Bethany England. Se a australiana não mostrou a que veio ainda no clube londrino, a atacante inglesa foi um dos destaques com seus gols. A seguir, alguns panoramas táticos que podemos ver com a chegada da jogadora dinamarquesa. Variações do 4-3-3, 4-2-2-2 e um 4-1-2-1-2.
A chegada de Harder servirá para gerar competitividade no setor, além de mais uma estrela para o clube londrino. Em um desafio, que será uma liga competitiva como a FA WSL, Harder terá de mostrar suas credenciais, saber que chega como uma peça de um projeto ambicioso e que vê nela o nome certo para alcançar um novo patamar no cenário europeu.