Nova Geração — Maya Le Tissier

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Arte feita por: Thiago Ferreira

Após o hiato de duas semanas sem nossa série “Nova Geração” voltamos com tudo, trazendo a análise de Maya Le Tissier. A jovem defensora de 18 anos faz parte da nova geração inglesa.

Apesar da juventude, Le Tissier sofre com o contexto que está inserido. A jovem jogadora atua no modesto Brighton & Hove Albion, equipe que não possui grande desempenho na atual Barclays FA WSL.

Partindo para análise da atleta, um dos atributos que mais chama atenção é sua leitura do jogo. Le Tissier possui a capacidade de efetuar grandes coberturas para sua equipe, quem assiste a partida da jovem se questiona sobre a posição que a mesma exerce. A jovem defensora soma sua agilidade a leitura de jogo se tornando uma grande interceptadora, auxiliando muito fechando os espaços cedidos pela sua equipe.

Quando atuando pela ala direita, Le Tissier se torna uma atleta muito importante para retomada de posse na faixa central do campo. Em 9 partidas na atual temporada, a atleta possui uma média de 2.4 p/ jogo e uma média de 7 disputas ganhas p/ jogo. Apesar de não ser uma exímia dribladora, Le Tissier utiliza novamente sua agilidade para proporcionar boas jogadas.

O contexto de Le Tissier acaba evidenciando seu poderio defensivo, mas caso una os dados com uma análise individual de cada partida que atleta atuou na temporada 20/21 veremos uma grande eficácia em passes longos da jovem que gera muito volume ofensivo para sua equipe. Falar de passe sempre é algo perigoso, pois sem um mapa detalhado podemos cair no conto dos números. Se pegarmos para analisar os números de passe da atleta veremos uma grande média, mas como ponto negativo da atleta ficou evidente a necessidade de melhorar seus passes entre linhas. A jovem defensora se torna pragmática em alguns momentos em exagerar nos passes laterais, quando na realidade poderia gerar bons lances ofensivos para sua equipe.

Em resumo, Le Tissier se mostra uma grande defensora com potencial enorme a ser explorado. Atleta com muita agilidade, entendimento do jogo e boa orientação corporal em disputas individuais se mostra uma forte candidata a peça chave nas futuras convocações da seleção inglesa. Já ofensivamente, a jovem possui um bom passe longo, bom drible curto mas peca nos passes entre linhas e como toda jovem sofre com tomada de decisão. Caso seja bem trabalhada podemos ver no futuro uma grande defensora construtora, função onde a atleta poderia explorar melhor seus atributos.

Twitter: @Gabrielqs06

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