Estreantes brilham em goleada do Brasil frente o Equador

Em partida amistosa, a estreante Nycole sai do banco e ajuda o Brasil a construir um placar elástico diante de uma aguerrida equipe equatoriana.

Foto: Mariana Sá/CBF

A Neo Química Arena foi o palco do amistoso entre Brasil e Equador, o jogo marcou o inicio de uma longa preparação para as Olimpíadas de Tóquio 2021. O jogo teve como resultado vitória da equipe brasileira pelo placar de 6×0, mas se engana quem vê só resultado final.

O jogo começou com a equipe brasileira dominando as ações do jogo, usando das laterais para atacar o Equador, comandado por Emily Lima, mas o domínio brasileiro esbarrou nas boas intervenções de Morán em pelo menos três oportunidades, isso antes dos primeiros vinte minutos de jogo.

O primeiro gol do jogo saiu de uma bola parada com Debinha pegando o rebote, o detalhe do gol ficou por conta da estratégia utilizada durante o escanteio. A cobrança foi realizada na altura da primeira trave, local onde as atacantes brasileiras se direcionaram, exceto Debinha que permaneceu parada próximo a linha que marca o início da área, como se soubesse que a bola caso fosse desviada pela defesa caísse justamente ali onde ela estava. Um domínio e chute forte foram suficientes para tirar o zero do placar.

Apesar do gol sofrido já na reta final do primeiro tempo a boa organização defensiva das equatorianas se fazia presente. O versátil 4-1-4-1 foi o escolhido da vez. Gracia era a atleta entre as linhas de quatro que ora se colocava na primeira linha, ora formava uma segunda linha de cinco, estratégia que se mostrou um fator importante para a equipe, que resistiu bravamente até os 35 minutos do segundo tempo, onde o aspecto físico se fez presente e a goleada brasileira começou a ser construída.

O time comandado por Pia conseguiu durante boa parte do jogo pressionar e neutralizar as tentativas ofensivas do adversário, isso porque a equipe, ao contrário do adversário, foi capaz de apresentar um alto desempenho na parte física durante os 90 minutos e conseguiu “sufocar“ no momento de perda da bola. Auxiliou para esse aspecto as entradas das estreantes da noite, Nycole, Duda e Valéria que trouxeram uma criatividade extra ao ataque das brasileiras, sendo Nycole, atleta do SL Benfica, o maior nome da noite entre as debutantes.

A jovem atleta do SL Benfica participou ativamente de três dos cinco gols do Brasil, no primeiro deles Formiga faz belo para a Nycole na área que escorou para a Debinha marcar o segundo. Logo na sequencia em jogada pela esquerda a atacante faz um passe de calcanhar para Duda que cruza na medida para que Valéria fizesse o terceiro gol da partida. Na ultima participação que resultou em gol Nycole faz bela jogada individual, um drible de salão deixou a equatoriana para trás, invadindo a área Nycole sofre pênalti que é convertido por Debinha que seu terceiro gol no jogo.  Os outros dois gols do jogo foram marcados por Rafaelle e Duda, com um lindo chute de fora da área fechou o marcador.

Foto: Mariana Sá/CBF

O resultado da partida realizada na Neo Química Arena vai além da goleada. Podemos ver no Brasil um padrão tático, uma intensidade alta e jovens talentos mostrando que são capazes de suprirem as futuras carências na equipe. Do lado equatoriano também é possível tirar coisas boas da partida, apesar do placar elástico. Vimos uma equipe muito bem organizada defensivamente, enquanto teve pernas para aguentar o ritmo do jogo, nos resta ver agora como a equipe funciona na fase ofensiva, uma vez que não conseguiram criar oportunidades de gol.  

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