Diante de 83 mil torcedores, Brasil é superado pela Inglaterra nos pênaltis

Foto: Thais Magalhães/CBF

Com estratégias distintas, o Brasil empata no tempo normal, mas acaba superado nas penalidades pelas inglesas.

O estádio Wembley, em Londres, foi o palco do duelo entre Inglaterra e Brasil, nesta quinta-feira (06), pela Finalíssima. O confronto terminou com empate por 1×1 no tempo normal e, nos pênaltis, a Seleção Inglesa levou a melhor 4×2. Os gols do jogo foram marcados por Ella Toone, aos 22’ minutos da etapa inicial, para as inglesas. Andressa Alves marcou para o Brasil. Com o resultado, a Inglaterra conquistou o troféu da competição. 

83.132 telespectadores assistiram, no lendário estádio inglês, a Finalíssima. O Brasil volta a campo na próxima terça-feira (11), diante da Alemanha, no último amistoso antes da estreia na Copa do Mundo, prevista para o dia 24 de julho, contra o Panamá. 

Primeira etapa

O primeiro tempo foi marcado pela Inglaterra com mais posse de bola ocupando o campo de ataque da Seleção Brasileira e tentando, por consequência, envolver as Canarinhas. Por sua vez, as brasileiras passaram os primeiros 45’ de jogo apostando nas transições para ameaçar o gol da Inglaterra.

Neste enredo, a primeira chegada de perigo do jogo foi das inglesas com Lucy Bronze chutando de fora da área, o que obrigou a goleira Lelê a fazer importante intervenção. A primeira chegada de perigo da Seleção Brasileira saiu após transição rápida. Tamires achou belo lançamento para Geyse que invadiu a área e finalizou, mas a bola acabou sendo desviada e se perdeu em linha de fundo. 

Aos 22’ Lucy Bronze fez boa jogada pelo setor direito e, após bela tabela, invadiu a área e achou Ella Toone, sozinha na marca do pênalti. A camisa 10 da Inglaterra finalizou com muita qualidade e colocou a inglesas em vantagem no marcador. Mesmo com o placar favorável, a Inglaterra continuou com a posse de bola e ocupando o campo de ataque. 

A Seleção Brasileira passou, durante todo o primeiro tempo, apostando no jogo de transição para ferir as inglesas. Entretanto, erros no último terço de campo foram primordiais para que o Brasil não conseguisse converter as oportunidades criadas em gols. 

Segunda etapa

O segundo tempo foi marcado por uma mudança de postura da Seleção Brasileira. Ao contrário da primeira parte, o Brasil passou a pressionar em bloco médio-alto e apresentou dificuldades para as inglesas e, com isso, passou a ficar mais com a posse de bola e a dominar as ações do jogo. 

Aos 60’ do duelo as brasileiras obrigaram a goleira Earps a fazer importantes intervenções. A principal delas veio após roubada de bola de Luana, fruto da pressão alta, que terminou em finalização forte de Geyse o que obrigou a goleira inglesa a desviar a bola para o travessão. 

Passado metade da etapa complementar, a Seleção Brasileira continuou a dominar o confronto, mas não conseguiu converter as oportunidades criadas em gol. Com isso, restou às inglesas explorarem os espaços nas costas da defesa brasileira para tentar chegar ao segundo gol do duelo, mas sem sucesso. 

Quando a partida se encaminhou para o seu final, Andressa Alves aproveitou falha de Mary Earps e empatou o duelo. Com o gol marcado no final, o troféu da Finalíssima foi decidido nos pênaltis. 

Inglaterra campeã!

As inglesas abriram as cobranças com Stanway. A camisa 8 realizou sua cobrança com bastante força e, apesar da goleira brasileira ter tocado na bola, a penalidade terminou no fundo das redes. Do lado brasileiro, foi Adriana quem abriu as cobranças e, assim como Stanway, marcou fazendo uso de uma forte cobrança. 

A camisa 10, Ella Toone, abriu a segunda série de cobranças para as inglesas com uma batida rasteira no canto direito. Entretanto, Lelê acertou o lado e conseguiu fazer a defesa. A lateral Tamires foi para a segunda cobrança do Brasil com a missão de colocar a Seleção em vantagem, mas a finalização parou no travessão das inglesas. 

A terceira série de cobranças terminou com Rafaelle desperdiçando a cobrança para o Brasil e Rachel Daly marcando e, assim, colocando a Inglaterra em vantagem. 2×1 em três cobranças para cada equipe. Na quarta série de cobranças, Greenwood, marcou para as inglesas, e Kerolin, anotou para o Brasil. 

Com isso, a penalidade foi para a quinta série de cobranças com a goleira brasileira Lelê precisando defender a cobrança de Chloe Kelly para manter o Brasil vivo na disputa. Entretanto, a camisa 17 finalizou cruzado com bastante força e decretou a vitória das inglesas por 4×2 nos pênaltis. 

Ótimo desempenho!

Apesar do resultado negativo, a Seleção Brasileira apresentou um ótimo desempenho ao longo de toda a partida, com estratégias distintas. Na primeira etapa com uma proposta de transição, o Brasil se portou bem defensivamente e gerou, assim, dificuldade para as inglesas. Já na segunda etapa, com uma proposta mais ofensiva, o Brasil conseguiu se impor e causou muita dificuldade ao setor defensivo da Inglaterra. 

Apesar da boa consistência, a Seleção pecou no último terço o que acarretou em boas oportunidades de gols que, em virtude dos erros, foram desperdiçadas para o Brasil. Contudo, o Brasil conseguiu mostrar que pode desempenhar um ótimo papel em todas as fases do jogo e competir no alto nível com as principais seleções do mundo.

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