O anúncio de Kosovare Asllani pelo CD Tacón gerou inúmeras expectativas para essa nova era de mudanças que o clube de Madrid vive. Vale lembrar que a partir de 2020/21, o clube será renomeado para Real Madrid Femenino, e já nessa temporada, irão usufruir da estrutura do clube, inclusive, mandando seus jogos em Valdebedas, onde treina o clube masculino.
Diferente do que se esperava, a primeira galática, nunca figurou entre as três melhores do mundo, mas passa longe de ser uma aposta sem nenhuma expectativa e pelo menos quatro motivos explicam isso: identificação com o clube, política de destaque em Copa do Mundo, versatilidade em campo e pouco esforço para tirá-la do antigo clube.
No primeiro ponto, vale destacar a influência da dupla Real e Barcelona no futebol sueco, sobretudo quando Zlatan Ibrahimovic jogou pela equipe catalã, não correspondendo as expectativas geradas. Torcedora do clube blanco, Asllani não esconde em suas redes sociais que acompanha a equipe masculina e essa identificação com toda certeza, foi vista na hora de contratá-la.
Real Madrid no masculino tem uma política interessante de contratar destaques nas Copas do Mundo. Foi assim com Ronaldo em 2002, Cannavarro em 2006, Özil em 2010, Navas e Kroos em 2014 e Courtois em 2018. No feminino, provavelmente será algo que será adotado.
Em campo na última Copa do Mundo, Asllani colecionou ótimos números, sendo peça chave na medalha de bronze da Suécia. Jogando como meio campista inicialmente, se adaptou as variações táticas de Peter Gerhardsson ao decorrer do torneio, fazendo a função de meia centralizada, ponta, atuando na entrelinha entre meio e ataque, além da função de falsa 9.
Por fim, o Linköping não fez esforço algum em mantê-la, liberando-a dos cinco meses restantes de contrato, visto que a jogadora tinha um dos maiores salários do clube e isso em tese, foi benéfico para o clube sueco que provavelmente recebeu uma compensação financeira pelo término do contrato.
Aos 29 anos, com passagens por Manchester City e Paris Saint Germain, Kosovare Asllani é a primeira galática do CD Tacón/Real Madrid. Seu desempenho em campo pelo clube é uma incógnita, visto que será uma nova liga e um novo desafio para a sueca, que buscará repetir os momentos de destaque em seus antigos clubes e se fixar não apenas como torcedora, mas como ídola do clube.