Animada pelo histórico recente na competição, Barcelona tenta se consolidar de vez entre as potências no continente

Texto e edição: Cathia Valentim, Thiago Ferreira e Rafael Alves

Fundado em 1998, o Club Femení Barcelona é uma das principais equipes da Espanha e da Europa. As culés são atuais vice campeões da UWCL e campeãs nacionais. Contra o Atlético de Madrid, o time catalão espera confirmar o favoritismo e o sonho de conquistar a Europa.

Entre os times que ainda estão na Champions, o Barcelona foi o que menos mudou, com 5 baixas, entre elas a defensora Stefanie van der Gragt, que assinou o Ajax e a goleira mexicana Pamela Tajonar, que se transferiu para o Logroño. Por serem duas atletas que não se firmaram tanto como titulares, as perdas não desqualificam o time da Catalunha que buscar se firmar entre as elites na Europa, já que nos últimos anos o retrospecto do Barça na Champions League só melhorou.

Desde quando participou pela primeira vez na Champions League, na temporada 12-13, o Barcelona começou a galgar o seu espaço para além do futebol espanhol e ser reconhecido na Europa. O foco começou a ser alcançado na temporada 13-14 quado chegou nas quartas de final pela primeira vez e com exceção 14-15, as catalãs sempre ficaram entre as 4 melhores equipes da Europa, chegando a disputar a final com o Lyon na temporada passada.

Caroline Graham Hansen é uma das grandes armas do time de Fran Sanchez (Foto: Qualy Sport Images/ Getty Images Europe)

Resumo da temporada 2019/20:

As comandadas de Lluís Cortés fizeram uma temporada quase perfeita. No campeonato nacional, foram 19 vitórias e 2 empates em 21 jogos disputados. Garantindo o título nacional de forma invicta, com 86 gols marcados e apenas 6 gols sofridos. A equipe conquistou ainda a Supercopa da Espanha ao vencer seus 2 jogos, onde marcou 13 gols, sendo 10 na grande final contra o Real Sociedad, e sofrer apenas 3. A equipe também conseguiu classificação para as semifinais da Copa da Rainha, ao vencer o Sporting Huelva nas oitavas de finais por 4×0 e vencer o Deportivo nas quartas de finais por 1×0, na prorrogação.

Na UWCL, as culés chegaram as quartas de finais após vencer seus 4 jogos na competição. Eliminando a Juventus nas 16-avos-de final, placar agregado 4×1. E eliminando o Minsk nas oitavas de finais, placar agregado 8×1. Atuais vice campeãs, e lideradas por Caroline Granham Hansen e Jeni Hermoso a equipe aposta em um dos melhores ataques do ano para tentar conquistar o título.

Dados na UWCL:
Artilheira da equipe: Alexia Putellas, 3 gols e 1 assistência
4 jogos = 4 vitórias
12 gols marcados = média de 3/jogo
2 gols sofridos = média de 0,5/jogo
96 chutes a gol = média de 24/jogo
38 chutes no gol
38 chutes para fora
20 chutes interceptados
43 tiros de canto = média de 10,8/jogo
7 tiros de canto concedidos = média de 1,8/jogo

A equipe de Cortés segue a risca a filosofia de jogo culé, controla o jogo por toque (passe) e com muita posse de bola. As zagueiras e goleira Panos participam muito da iniciação das jogadas, as laterais aprofundam enquanto as meio campistas fazem a bola circular por todo o campo. Hermoso, participa muito dos gols da equipe, mas ainda assim, é vista com frequência em meio às trocas de passes com as meio campistas, e com tanta circulação de bola e movimentos fluídos, as pontas e meias infiltram nos espaços criados por esta movimentação várias vezes por jogo.

O Barcelona tem pressa em recuperar a bola, e por isso, costuma pressionar alto obrigando o adversário a dar chutões frequentes. Esta estratégia falha quando enfrentam equipes com muita imposição física no meio campo, que é o setor onde o barcelona tem muita técnica, mas conta apenas com Hamraoui para vencer a conhecida Primeira Bola.

Téc.: Lluis Cortés

Craque: Jenni Hermoso
A espanhola de 29 anos atua como Falso 9, mas pode ser uma das meias da equipe.

Peça Chave: Hansen
Ponta de 24 anos, a norueguesa une drible, velocidade e ajuda defensivamente.

Wonderkid: Patri Guijarro
Patri foi protagonista na base espanhola e no barcelona ganha espaço rapidamente

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