O futebol italiano está crescendo, mas somente de dois anos para cá que o calcio passou a ser conhecido pelo mundo. Antes pouco se falava, afinal não tinha tantos clubes grandes e o futebol feminino era completamente amador. Além disso, a seleção não tinha tanta força no cenário europeu e mundial
A figura começou a mudar quando a Juventus chegou em 2017 e junto com ela estava Sara Gama. A zagueira jogava no Brescia, mas se transferiu para o time onde foi campeã já no primeiro ano. Ela também levantou a taça há algumas semanas: afinal, é a capitã da Juve.
Gama sempre enfrentou os mesmos preconceitos que todas as jogadoras. A primeira vez que jogou com uma formação inteiramente feminina foi o primeiro clube, a Polisportiva San Marco. Depois se transferiu para o Tavagnacco, Chiasiellis, jogou um breve período nos Estados Unidos, e voltou para a Itália para jogar no Brescia, em 2012, No ano seguinte se transferiu para o PSG. Voltou para o Brescia em 2015 e saiu apenas para formar a Juventus.
Na seleção, se firmou há pouco tempo, mas é a capitã de Milena Bertolini e garante uma presença sólida no forte sistema defensivo italiano. Entra na história aqui também um dos pontos de virada do futebol feminino da Itália: a classificação para a Copa do Mundo.
Mas se engana quem pensa que Sara Gama é apenas uma zagueira ou apenas a capitã do seu clube e da sua seleção. Ela também luta contra o sexismo, a cultura machista, o preconceito e também por um futuro melhor para as jogadoras italianas.
Nesta entrevista, que está em italiano, Gama deixa claro o que acha das diferenças para o futebol feminino. “No masculino o aspecto físico superou o técnico. Para nós é o contrário, podemos apreciar certos gestos. (…) A nível tático e técnico somos superiores a tantos jogadores profissionais.”
Gama e a seleção italiana enfrentarão o Brasil e a defensora é uma peça importante para ficarmos de olho durante a Copa do Mundo.