Protagonistas: mulheres que se destacam no esporte feminino

Por: Tati Alcântara – Empório do Futsal Feminino

Assim como as notas de rodapé, agradecimentos e até mesmo referências são “ignoradas” pela maioria das pessoas que leem textos, pode-se dizer que isso acontece com as mulheres no esporte e em diversos âmbitos na sociedade, muitas vezes sendo deixadas à margem, esquecidas ou sem receber a visibilidade que merecem. No entanto, são inúmeras as esportistas que marcaram seus nomes na história e que hoje se destacam em diversas modalidades. Algumas delas estão no Youtube do Empório do Esporte Feminino e outras você encontrará aqui.

Marcadas na história do futebol feminino

Cristiane Rozeira de Souza Silva, um grande nome do futebol feminino e da Seleção Feminina de Futebol. “Mamãe Cris” como é carinhosamente chamada, é indiscutivelmente craque e tem um faro de gol apurado. Já conquistou a artilharia dos Jogos Olímpicos de Atenas e Pequim (2004 e 2008), da Libertadores Feminina (2009 e 2012), da Copa América Feminina (2014) e detém o título de maior artilheira da história das Olimpíadas até o momento, com 14 gols marcados. 

Em 2019, além de ter seu gol escolhido como o mais bonito da Copa do Mundo Feminina, Cris atingiu o recorde de ser a primeira jogadora a marcar mais de uma vez em uma única partida em 3 edições diferentes da competição. São diversos recordes e conquistas ao longo da carreira, tanto pela seleção quanto por clubes. No entanto, ouso dizer que uma das suas maiores realizações é o fato de poder ser mãe do Bento e (con)viver com quem realmente ama. 

Outro nome que merece destaque é o de Lindsay Camila. A conquista recente da técnica da Ferroviária fez com que se tornasse a primeira treinadora mulher a ser campeã da Libertadores. Outro feito semelhante tinha sido o da ex-técnica do clube, Tatiele Silveira, que marcou seu nome na história  como a primeira mulher a conquistar o Brasileirão Feminino.  

Futsal feminino: mulheres marcantes nas quadras

Passando do campo para as quadras, é impossível falar de futsal feminino e não citar Amandinha. Entretanto, antes do seu reinado, houve outras brasileiras no topo que marcaram seus nomes na história da modalidade. Cilene Paranhos (2008), que tem um pouquinho de sua história contada no podcast dessa semana, foi a primeira representante do nosso país a ser eleita melhor jogadora do mundo de futsal. 

Em seguida, o posto foi ocupado por Vanessa Pereira, que conquistou 3 vezes a premiação de forma consecutiva (2010, 2011 e 2012), além de ser hexacampeã mundial pela Seleção Brasileira de Futsal Feminino e pentacampeã da Copa América Feminina de Futsal. 

Luciléia Minuzzo (2013), pentacampeã sul-americana, bicampeã mundial de futsal feminino e atualmente atleta do time italiano Montesilvano, foi quem precedeu Amandinha na premiação do Futsal Awards que, inclusive, ocorre desde 2007 para as mulheres e apenas duas vezes (2007 e 2009) o título não ficou com uma brasileira. 

Outras atletas que estão marcando o nome na história do futsal feminino no Brasil e abrindo cada vez mais o caminho para o crescimento da modalidade são, por exemplo, Luana Moura e Su Reis, ambas do CATS Taboão/Magnus, um dos melhores times do mundo; Tampa, que ficou entre as 10 melhores do mundo no Futsal Awards 2020, Nega e Regiane, atletas de um outro time de destaque no país, o Leoas da Serra. 

Fazendo história no judô e no surfe feminino

Marcas. Superação. Renascimento. História. Palavras que resumem as duas personagens desta seção. 

A judoca Rafaela Silva é mais uma entre tantas atletas que enfrentaram dificuldades, seus próprios receios, discriminação racial e “vontade” de desistir do esporte. Nos Jogos Olímpicos de 2012 foi desclassificada, mas na competição seguinte, as Olimpíadas do Rio em 2016, deu a volta por cima e conquistou o tão sonhado ouro olímpico em casa, derrotando a número um do ranking na ocasião. Além disso, em 2013, tornou-se a primeira judoca brasileira a sagrar-se campeã mundial.

Maya Gabeira, surfista brasileira que após sofrer um grave acidente no ano de 2013 enquanto surfava em Nazaré (Portugal) voltou e consagrou-se. Em 2018, na mesma localidade do seu acidente, tornou-se a mulher a surfar a onda mais alta da história, com incríveis 20,7 metros de altura, e a primeira a entrar para o Guinness Book, o livro dos recordes. Tão gigante quanto os feitos dela, foi a onda na qual Maya bateu sua marca anterior, em 2020, quando surfou uma onda de 22,4 metros. 

Essas são algumas entre milhares de mulheres que seguem fazendo o trabalho de formiguinha e abrindo portas para a nova geração do esporte feminino. Seguimos quebrando barreiras e preconceitos.  Seguimos em busca do que é nosso.

Você pode encontrar mais sobre mulheres marcantes no futebol e futsal feminino no nosso podcast.

Na imagem temos o escudo do Empório do Futsal Feminino, os símbolos do twitter, facebook e instagram e o user do empório nessas redes sociais: @emporiodofsf
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Fontes:
Martins, Maria Zuaneti & Wenetz, Ileana (2020). Futebol de Mulheres no Brasil: Desafios para Políticas Públicas: Editora CRV.

https://www.lance.com.br/galeria-premium/mulheres-que-tem-seus-nomes-marcados-esporte-brasileiro.html

https://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo-feminina/noticia/cristiane-e-a-primeira-a-marcar-dois-gols-na-mesma-partida-em-tres-copas-diferentes.ghtml

https://globoesporte.globo.com/mg/triangulo-mineiro/futsal/noticia/tbt-relembra-trajetoria-de-vanessa-pereira-tres-vezes-melhor-jogadora-de-futsal-do-mundo.ghtml

https://brasil.elpais.com/esportes/2020-09-26/maya-gabeira-a-domadora-de-ondas-gigantes.html

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