Por Guilherme Cardoso. O jogo contra o Canadá foi o último teste da seleção brasileira antes das Olimpíadas, o jogo mostrou alguns defeitos que Pia Sundhage precisa corrigir pensando na possibilidade de conquistar uma medalha em Tóquio. Confira a análise do amistoso contra as canadenses terminado empatado sem gols.
Primeiro vale o destaque para alguns pontos positivos da seleção, o jogo pela esquerda funciona muito bem, o Brasil ganha muita velocidade com a Tamires, Andressinha e mais duas atacantes. O time ataca com bloco de 7 jogadoras e consegue criar espaços para finalizações quando consegue aproximar as jogadoras.
O Brasil tem um ótimo repertório de jogadas de bolas paradas seja de falta ou escanteio, a rotação das jogadoras de ataque funciona, as quatro atacantes não guardam posição e consegue rodar, e a rotação é bem feita e ajustada sem que as jogadoras batam a cabeça.
Mas há pontos negativos, puxando pela rotação das jogadoras quem cai pelo lado direito não participando do jogo ofensivo, o lado esquerdo funciona muito bem com a Tamires, mas ainda não funciona bem pela direita com as três laterais mais testadas (Bruna Benites, Poliana e Letícia Santos).
O Brasil teve muitas dificuldades de criar as jogadas sem a Formiga, a dinâmica foi boa contra a Rússia, mas não funcionou contra o Canadá. É um time que abusa do jogo aéreo seja da linha de fundo ou da intermediária, é um bom recurso, mas não pode ser o único.
O Canadá sempre que quebrou a primeira linha de marcação conseguiu levar a bola facilmente para linha de fundo e os cruzamentos quase sempre levavam perigo para goleira Bárbara. A Seleção Feminina comete muitas faltas, isso é problemático e pode resultar em gols e expulsões. Jogar no limite é um risco muito alto em Olimpíadas.
Pia tem pouco tempo para corrigir e aprimorar a seleção já que o primeiro desafio nas Olimpíadas é difícil uma difícil estreia contra a China, mas as comandadas de Pia parecem estar bem psicologicamente e isso é um fator importante a se destacar.