Em busca do ouro inédito, o Brasil tem uma dura missão na estreia dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Nesta quarta-feira (21), às 5h (de Brasília), enfrenta a China na abertura do considerado grupo da morte, em jogo a ser realizado no Miyagi Stadium, em Rifu. O Planeta Futebol Feminino traz uma breve análise tática de como as adversárias brasileiras devem jogar nesta primeira partida.
Apesar de ter o 4-2-3-1 como base para os Jogos Olímpicos de Tóquio, a China atuou no 4-2-2-2 nos dois últimos confrontos antes de garantir a vaga diante da Coreia do Sul. Das prováveis titulares, estavam presentes a goleira Peng Shimeng, a lateral-direita Li Mengwen, as zagueiras Wu Haiyan e Wang Xiaoxue, as meias Xiao Yuyi, Wang Shuang e Zhang Xin, e a atacante Wang Shanshan.
Mesmo entrando apenas na terceira e última fase, as chinesas mostraram bom poder ofensivo, explorando as fragilidades das defesas adversárias. Foram 16 gols marcados, ficando atrás apenas da Austrália nesse quesito dentre as equipes que estavam na mesma etapa.
A intensidade no ataque e a constante dinâmica das peças mostrou duas variações bem constantes, dependendo muito de como o rival se postasse. Diante das sul-coreanas, que alternaram o posicionamento das linhas, a China chegou a formar um 4-2-4, tendo amplitude com as extremas e invadindo a área com as duas atacantes, mas as volantes distantes.
Com os blocos coreanos mais retraídos, as chinesas ficaram no 4-2-3-1, buscando fazer infiltrações que passavam tanto pelo meio, como nos lados. Em um dos passes que entrou na marcação, o primeiro gol saiu, sacando uma das atacantes da área e adiantando as defensoras.
Defensivamente, a principal fragilidade das asiáticas é no posicionamento de suas jogadoras. Com linhas distantes, costumam deixar muitos espaços entrelinhas, algo que pode ser bastante explorado pelo Brasil, pois é um time que povoa o campo adversário do meio em diante mostrando muito dinamismo.
Postadas geralmente no 4-4-2, as vice-campeãs olímpicas de 1996 – primeira edição do torneio – formam blocos médio/baixos. Assim, permitem que os rivais façam constantes infiltrações, mas forçando ligações diretas em vez de jogadas trabalhadas por terem certa compactação.
Com uma saída de bola falha, costumam dar espaços para contra-ataques, jogando distanciadas umas das outras. Dessa maneira, a defesa fica descompactada, com os ataques explorando jogadas velozes, abrindo do meio para os lados. Uma alternativa para se fechar mais, ainda que mais situacional, é formar um 5-4-1 bem povoado no setor, praticamente fechando as brechas em direção à meta.