Após receber contatos de diversas atletas, preocupadas com as condições de segurança do Equador, a FIFPRO (Federação Internacional dos Futebolistas Profissionais) divulgou em seu Twitter, neste domingo, que escreveu uma carta para a CONMEBOL recomendando a suspensão da disputa da Copa Libertadores feminina. A competição, que chegou a ter partidas disputadas na sexta-feira (dentre elas, a vitória da Ferroviária por 10×1 contra o Mundo Futuro-BOL), foi temporariamente suspensa com o agravamento dos conflitos e manifestações populares no país-sede do torneio. O Corinthians, que estrearia no sábado contra o Club Ñañas-EQU, foi afetado.
A ACOLFUTPRO (Associação Colombiana de Futebolistas Profissionais) também se manifestou, na esteira do comunicado da FIFPRO, exigindo que a CONMEBOL garanta a integridade das atletas de seu país. A Colombia tem três equipes participantes na disputa: o atual campeão Atlético Huila, o Independiente de Medellín e o América de Cali.
CBF mandou representante ao Equador
Romeu Castro, supervisor de futebol feminino da entidade, está em Quito dando suporte aos clubes brasileiros e participando das reuniões que definirão os rumos do torneio.
Times brasileiros tranquilizam seus torcedores
Tanto Corinthians como Ferroviária seguem no Equador aguardando uma definição da CONMEBOL sobre o futuro da competição. As delegações estão tranquilas e em segurança, distante dos conflitos. A Ferroviária, inclusive, chegou a treinar neste domingo no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito. O Corinthians não divulgou detalhes de sua programação.
Entenda os conflitos
Populares e indígenas, amazônicos e andinos, se uniram para protestar contra o governo do presidente Lenin Moreno. Isto porque o presidente decidiu, na última semana, eliminar subsídios dos combustíveis, elevando drasticamente os preços de diversos produtos de consumo, para conter o déficit fiscal do país. Quase 1000 pessoas foram detidas por conta dos conflitos e cerca de 50 policiais foram feitos reféns por manifestantes. A sede do legislativo do país chegou a ser ocupada por manifestantes, na quarta-feira. Lenin Moreno decretou toque de recolher e mudou temporariamente a sede do governo de Quito para a cidade portuária de Guayaquil, por motivos de segurança. Não há previsão de quando a situação no Equador se normalizará.