Exclusivo: Natural de Fortaleza, Katrine fala de suas origens e projeta Palmeiras na Libertadores

Foto: Mauricio Rummens

Por Amanda Viana e Christian Maia

Natural de Fortaleza, no Ceará, a polivalente Katrine da Silva Costa, ou, simplesmente, Katrine é atleta do Palmeiras. Sempre serena e com sorriso no rosto, a jovem atleta de 24 anos coleciona um título de Copa Paulista com o Palmeiras e um Sul-Americano Sub-20 com a Seleção Brasileira da categoria. A atleta palestrina fala com orgulho de suas origens e relembra sua formação enquanto atleta.

“Eu era peladeira de rua. Não tive base. Participei de um projeto e, nesse projeto, tive a oportunidade de participar da Copa Coca-Cola, que é um torneio que existia no tempo da Copa do Mundo (2014) aqui no Brasil. No meu começo eu comecei a jogar na lateral e, com o passar do tempo, eu fui pro meio porque eles (meus treinadores) falavam que eu tinha uma qualidade boa pra jogar por ali.” – Destacou. 

Reconhecida por desempenhar mais de uma função no campo, Katrine comentou sobre a influência de seu pai em sua carreira e sobre o amadurecimento para que, hoje, a atleta pudesse ser um dos principais nomes da equipe palmeirense.

“Eu tenho um pai que era para ser jogador, mas não foi. Ele jogava no meio e eu queria jogar ali também.” Relembra Katrine. A atleta continua: “Por ser peladeira, a gente não entende e só quer jogar. Quer estar em todas as partes do campo, mas com o passar do tempo a gente vai amadurecendo e conhecendo melhor o que a gente tem que fazer dentro do campo.” – Complementa. 

Katrine no Palmeiras

Já no Alviverde, Katrine deixou de atuar no meio-campo e passou a jogar na lateral. A atleta comentou sobre sua adaptação a essa nova função e contou como tem sido ajudada por suas companheiras de equipe. 

“Aqui no Palmeiras eu voltei pra lateral e consegui me adaptar bem. As meninas conseguiram me ajudar, pois era uma posição totalmente diferente do que eu estava adaptada. Eu tinha que marcar bem mais do que eu fazia antes, mas foi bem fácil eu me adaptar.” – Conclui a atleta. 

Às vésperas de disputar sua primeira Libertadores, em 2017, quando ainda defendia as cores do Corinthians, a atleta sofreu uma lesão e ficou de fora da competição daquele ano, Katrine falou sobre como é defender as cores do Palmeiras e como se sente realizada.  

“A gente sempre sonha em estar num clube grande, alcançar objetivos maiores e, graças a Deus, eu tenho a oportunidade de representar o Palmeiras.” Comenta. Katrine continua:  “Estou no meu segundo ano e é algo satisfatório para mim defender esse escudo, principalmente por ter minhas companheiras, que são, em sua maioria, atletas que via pela televisão e hoje poder jogar com elas é muito satisfatório e eu me sinto realizada.” – Finaliza a atleta. 

Palmeiras na Libertadores

Quito, sede da Libertadores no Equador, fica a 2.850 metros acima do nível do mar e, portanto, possui o ar rarefeito, o que deixa o jogo mais rápido e pode dar uma vantagem maior para as equipes melhor adaptadas a este cenário. Katrine comentou sobre a adaptação da equipe palmeirense para superar as dificuldades da altitude e desempenhar um bom futebol. 

“Sabemos que tem isso e precisamos nos adaptar. Acredito que não será difícil, pois a maioria das meninas já enfrentaram esse tipo de altitude e a gente vai ter treinos preparatórios, então já vamos sentir a diferença. Vamos precisar entender como é jogar na altitude e, com o decorrer do campeonato, a gente vai se adaptando.” – Colocou.

A estreia do Palmeiras está marcada para esta sexta-feira (14), às 19:15h, horário de Brasília, contra o Sportivo Limpeño. As palestrinas estão no grupo C com Independiente Dragonas, Sportivo Limpeño e Universidad de Chile. Katrine comentou sobre o que esperar desta competição tão importante e como a equipe tem trabalhado para controlar a ansiedade, afinal, é a primeira vez que o Palmeiras disputa essa competição. 

“A gente tem trabalhado bastante. Sabemos o que podemos encontrar lá, mas a gente também sabe da qualidade do nosso time. Podemos dar muito mais que a gente já deu até agora. Sabemos das peças que temos e que podemos tirar um pouco mais de cada uma e entender que agora é uma Libertadores que vale muito para o clube. Essa competição é uma disputa que o Palmeiras valoriza muito.” – Pontuou. 

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