Cruzeiro tem mais oportunidades, mas peca na finalização e acaba sofrendo a virada diante de um Flamengo que lutou até o fim.
O Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, foi o palco do confronto entre Cruzeiro e Flamengo, duelo válido pela 12a rodada. O duelo teve como resultado vitória do time carioca por 2 a 1, de virada. Os gols do jogo foram marcados por Rebecca, pelo Cruzeiro, Jayanne e Ana Carla marcaram para as visitantes.
Com o resultado o Cruzeiro permanece com 9 pontos e se encontra em 11o na tabela de classificação, fora da zona de rebaixamento apenas pelos critérios de desempate. Já o Flamengo com a vitória foi a 14 pontos, três atrás do 8o Kindermann.
O duelo começou de forma bem equilibrada, as duas equipes buscando se manter com a posse. O Cruzeiro foi a campo usando seu habitual 4-4-2 variando para o 4-4-1-1 com Duda flutuando entre o meio campo e o ataque. Já o Flamengo começou usando o 4-3-3 no momento ofensivo, variando para um 4-4-2.
A primeira chegada de perigo se deu após erro na saída de bola do Flamengo com Kaylane. Mariana santos roubou a bola e disparou em velocidade, mas acabou finalizando por cima do gol de Kaká. Pouco tempo depois, aos 13 minutos, o Cruzeiro chegou de novo. Desta vez, com Carol que também finalizou para fora dos limites da meta de Kaká.
As duas equipes buscavam criar desde o primeiro momento com a posse, mas pecavam no passe quando pressionado. Foi assim que o Cruzeiro quase abriu o placar com Vanessinha. Darlene foi pressionada no meio campo e acabou perdendo a bola, o Cruzeiro se organizou rapidamente e saiu em velocidade. A jogada resultou em finalização de Vanessinha que parou no travessão.
As flamenguistas tentaram propor o jogo e criar algumas oportunidades, mas esbarravam no volume e intensidade das cruzeirenses que, sem a bola pressionavam as adversárias. O jogo acabou ficando disputado, com fortes disputas pela posse da bola.
Aos 31 da primeira etapa, o Cruzeiro conseguiu criar boa jogada, deixando Duda cara a cara com Kaká. A camisa dez do cruzeiro tentou uma, duas vezes. Mas parou na goleira flamenguista que, com duas belas defesas, manteve o empate no placar. Marina também tentou tirar o zero do placar em favor do Cruzeiro, mas mais uma vez Kaká apareceu muito bem.
Na volta para o segundo tempo o Flamengo voltou com mudanças, tanto de peças quanto de esquema. A principal delas foi a entrada de Dedê, ex Cruzeiro, com isso a equipe passou a atuar no 4-2-3-1, com Darlene atuando no comando de ataque. A mudança tinha como intuito a manutenção da posse e evitar que a equipe sofresse a pressão do primeiro tempo.
Apesar da mudança foi o Cruzeiro que saiu na frente. Rebecca recebeu belo passe de Lucero e finalizou de primeira, cruzado, para vencer Kaká. Com a vantagem o time celeste recuou, dando espaço para as adversárias. Talvez pelas pernas pesadas da temporada, talvez por estratégia ou talvez pelo dois fatores.
Em desvantagem no placar, o Flamengo se propôs a jogar. O esquema com 3 meias se mostrou bem eficiente e a equipe passou a cuidar melhor da bola. Mas foi em uma bola parada que a equipe chegou ao empate com Jayanne, de cabeça.
Após o gol o jogo ficou ainda mais pegado, com uma ligeira superioridade carioca, que quase virou o jogo em uma bola que cruzou toda a extensão da área, mas não encontrou ninguém para empurrar para o gol. Quando tudo se encaminhava para um empate outra bola parada decidiu o jogo, novamente em favor das cariocas.
A camisa dez, Ana Carla, aproveitou, após bola parada, uma bola que sobrou de um bate rebate na área e finalizou, colocando a equipe do Flamengo a frente do placar. O que marcou a virada ficou por conta de uma bola presa no alto, onde algumas atletas e dirigentes reclamaram de mão na bola. Nem o árbitro nem a assistente viram irregularidade e validaram o gol que deu números finais a partida.
No decorrer da partida um fator extra campo chamou a atenção. O árbitro da partida, Marco Aurélio Augusto, solicitou ao delegado da partida, Ângelo Antônio Ferrari, que retirasse as atletas não relacionadas do Cruzeiro da arquibancada, com a alegação que elas não poderiam torcer em favor da sua equipe, sendo pedido as atletas que se retirassem das arquibancadas e se dirigissem ao vestiário. Tal postura causou desconforto na delegação, pois dirigentes do Flamengo também torciam em favor da sua equipe, mas não foram igualmente advertidos. A diferença de tratamento incomodou a diretoria celeste.
Posteriormente a diferença de tratamento foi justificada pelo delegado. O mesmo disse que se poderia torcer desde que não contestassem as decisões da arbitragem. Tal fato causou estranheza, pois em diversos jogos as delegações agem como torcedores e em momento algum houve uma advertência verbal.
O próximo confronto das equipes já é no fim de semana. O Cruzeiro viaja à São Paulo, onde enfrenta o Corinthians, no dia 06, domingo, às 20 horas, no Parque São Jorge. Já o Flamengo recebe o Botafogo, no estádio da Gávea, no dia 05, sábado, às 15 horas. Ambas as partidas acontecem no horário de Brasília.