Copa do Mundo: FIFA e Europa fazem queda de braço por transmissão do Mundial de 2023

Foto: Reprodução

Presidente Gianni Infantino se mostrou insatisfeito com a proposta feita para a exibição do torneio: “Inaceitável”. 

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, ameaçou “não transmitir” a Copa do Mundo feminina, que acontece de julho a agosto, na Austrália e Nova Zelândia, nos principais países do continente europeu. O motivo dessa decisão da maior entidade de futebol são as emissoras de televisão apresentarem propostas muito abaixo do esperado, conforme comunicado emitido na última terça-feira (02).

Direitos de transmissão

Para exibir a Copa do Mundo feminina, ou qualquer outro evento, é necessário adquirir os direitos de imagem do evento desejado. A aquisição só é feita através de negociação e mediante acordo, voluntário ou pago, para obter o direito para exibir, na ocasião, o Mundial. 

Não é de hoje que Infantino vem batalhando por propostas melhores para liberar os direitos de imagem da principal competição de seleções. Para o presidente da FIFA, as propostas apresentam valores “inaceitáveis”, das principais emissoras europeias. Segundo Infantino os valores variam entre 20 a 100 vezes menos do que as propostas recebidas para os direitos da Copa do Mundo masculina. 

Dificuldade de negociação 

Como o Mundial deste ano acontece no continente asiatico, a Europa sofre com a questão do fuso horário, Canberra, capital da Austrália, está 8h a frente de Madrid, capital da Espanha, tal diferença acaba dificultando nas negociações. Com isso, a FIFA ainda não chegou a um acordo com os cinco principais países do continente, Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha, Itália e França. Por outro lado, a entidade maior do futebol já tem acordos com emissoras dos Estados Unidos, Canadá e Brasil, onde a diferença de fuso chega a 13h, como é o caso de Brasília. 

Se as emissoras continuarem sendo injustas com a Copa do Mundo feminina e com as mulheres, nós teremos a obrigação de não exibir a Copa do Mundo feminina nestes cinco grandes países europeus.

Gianni Infantino, presidente da FIFA

Diferença entre homens e mulheres

O dirigente maior da FIFA afirmou que as emissoras chegam a pagar entre 100 e 200 milhões de dólares pelos direitos do Mundial masculino, mas só estão oferecendo entre 1 a 10 milhões de dólares pelo Mundial feminino. Infantino ressaltou ainda que a audiência da competição feminina representa certa de 50 a 60% do torneio masculino. 

Dificuldade do fuso

A respeito do fuso horário, Infantino reconheceu que as partidas não serão exibidas no horário nobre na Europa. Entretanto, as partidas acontecerão às nove ou dez horas da manhã, o que, para o presidente, é um horário razoável e, por isso, acredita ser possível receber propostas melhores para o torneio.

Pontapé inicial 

Enquanto o Mundial aguarda a definição para a transmissão na Europa, Nova Zelândia e Noruega se preparam para fazer a estreia no torneio. O jogo de abertura está marcado para quinta-feira, dia 20 de julho, às 04h (horário de Brasília) e às 17h (horário australiano).

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