Seleção Brasileira apresentou evolução nos amistosos, mas acabou sendo derrotada por 3×1.
A Friends Arena, na Suécia, foi o palco do último teste da Seleção Brasileira antes da Copa América. A partida marcou o encontro das donas da casa, Suécia, contra o Brasil. O duelo terminou com vitória da equipe sueca por 3×1, de virada. Debinha abriu o placar para a Seleção Brasileira. Kaneryd, Hurtig e Blackstenius viraram para a Suécia.
Apesar da derrota, a Seleção Brasileira apresentou, nos dois amistosos diante da Dinamarca e Suécia, evolução. Na partida diante da Suécia a principal surpresa ficou por conta da atuação no momento defensivo da lateral esquerda Tamires que, por característica, vai muito bem na fase ofensiva, mas deixa espaços no momento defensivo. Porém, Tamires apresentou ótima solidez defensiva durante boa parte do jogo. Outro destaque individual ficou por conta de Rafaelle. A zagueira foi muito bem na marcação, com desarmes precisos, e peça importante na saída de bola da seleção.
Primeira etapa
Como o esperado, a Suécia começou a partida tomando a iniciativa. As donas da casa dominaram a posse de bola e ocuparam o campo ofensivo, o que obrigou as brasileiras a se fechar e a buscar o contra-ataque como alternativa ofensiva. Mesmo com mais posse de bola da Suécia, foi o Brasil quem chegou com perigo. Após bola longa, Ary conseguiu escapar em velocidade, mas finalizou fraco facilitando a defesa da goleira sueca.
Apesar do susto, as suecas continuaram a empurrar o Brasil para o seu campo defensivo e começaram a forçar o jogo pelo setor direito de ataque, lado esquerdo da defesa brasileira. Entretanto, a Suécia esbarrou em Tamires. A lateral esquerda brasileira, ao contrario de sua característica ofensiva, se mostrou muito bem defensivamente e junto com Rafaelle não deixaram as suecas criar oportunidades de perigo pelo setor.
O primeiro tempo, de modo geral, foi marcado por uma Suécia com mais posse de bola. Enquanto as suecas tinham a bola o Brasil tinha a ofensividade e as chegadas de maior perigo. Usando de sua melhor qualidade, o ataque, Tamires quase colocou o Brasil a frente com um cruzamento que ganhou o rumo do gol e terminou acertando a trave esquerda da goleira sueca.
Segundo tempo
O segundo tempo começou da mesma forma que o primeiro. A Suécia com mais posse ocupava o campo de ataque e foi quem levou perigo logo nos primeiros minutos. Angeldal arriscou de longe e obrigou a goleira Lorena a fazer boa intervenção. A resposta brasileira foi imediata. Em boa jogada, Bia Zaneratto achou Debinha em velocidade. A atacante serviu Kerolin, que driblou a goleira, mas a jogada foi anulada por impedimento.
O ataque anulado mostrou que o Brasil era mais perigoso nos contra-ataques. Aos quatro minutos da etapa complementar Angelina achou um belo passe por elevação para Fê Palermo. A lateral direita, de primeira, achou belo passe em profundidade para Debinha, que invadiu a área e finalizou sem chances para a goleira Lindahl.
Com a desvantagem no placar, a Suécia se lançou ao ataque e obrigou a goleira Lorena a fazer boa intervenção em chute de Rolfo. O volume sueco se fez presente no placar aos 19 minutos. Kaneryd, que tinha acabado de entrar, recuperou a bola na entrada da área, passou por Rafaelle e finalizou cruzado, sem chances para Lorena. Logo após o gol a Suécia aproveitou erro na saída de bola brasileira e Hurtig ampliou o placar para as suecas.
As mudanças da Seleção Brasileira fizeram com que o volume da equipe, apresentado no primeiro tempo, caísse. Por outro lado, as mudanças da Suécia elevaram o nível das donas da casa que continuaram pressionando as brasileiras. Aos 26 minutos Bia Zaneratto recebeu dentro da área, mas finalizou por cima do gol sueco.
A seleção sueca quase ampliou o placar com Hurtig e Blackstenius, mas as finalizações pararam em duas boas intervenções de Lorena. Mesmo com a vantagem a Suécia continuou impondo seu ritmo ofensivo e ampliou o placar aos 43 minutos da etapa final.
Após bela troca de passes, Blackstenius recebe livre nas costas da zaga e finaliza na saída de Lorena, ampliando o placar. A Suécia quase aumentou a vantagem nos acréscimos, mas a goleira brasileira fez ótima defesa impedindo o gol sueco.
Brasil na Copa América
Com o fim da data FIFA, o Brasil muda o foco para a Copa América, que se inicia no dia 09 de julho. Apesar das duas derrotas diante da Dinamarca e Suécia, as brasileiras mostraram boa evolução, principalmente no quesito ofensivo.
Com isso, as brasileiras chegam forte para a disputa da competição sul-americana. Um ponto que deve ser ressaltado é a finalização da equipe brasileira. A seleção criou, nos dois amistosos, boas oportunidades ofensivas, mas pecaram na finalização. Este fator pode ser determinante para a campanha da equipe na competição.